A American Urological Association (AUA) define a Síndrome da Bexiga Dolorosa (SBD)/Cistite Intersticial (CI) como uma sensação desagradável (dor, pressão ou desconforto) na região vesical (bexiga), que está associada a sintomas do trato urinário inferior com mais de seis semanas de duração na ausência de infecção ou outra causa que possa ser identificada. Como sintomas da SBD/CI, citam-se:
- Necessidade urgente de urinar, tanto durante o dia como à noite.
- Necessidade frequente de urinar, destacando-se que em casos graves de SBD/CI a pessoa pode urinar até 20 vezes por dia ou mais.
- Pressão, dor e sensibilidade na bexiga, pelve e períneo. A dor e a pressão podem aumentar à medida que a bexiga enche, e diminuir à medida que a bexiga se esvazia.
- Dor durante a relação sexual (dispareunia).
O diagnóstico da SBD/CI deve ser baseado na presença de dor pélvica crônica somada à pressão, dor ou desconforto vesical e também a um ou mais sintomas urinários, como a urgência urinária ou o aumento da frequência miccional associada ao baixo volume vesical. Outras doenças como câncer de bexiga, doenças infecciosas (infecção urinária), prolapsos (queda da bexiga), endometriose, candidíase vaginal e câncer ginecológico devem ser descartadas. O tratamento deve iniciar com orientações em relação ao diagnóstico, manejo e prognóstico da doença. O t
A Síndrome da Dor Pélvica Crônica (SDPC) é uma condição de dor que, no homem, pode causar consequências no sistema urológico, gastrointestinal, musculoesquelético, com impacto negativo na qualidade de vida geral e na atividade sexual. No sistema urológico, classifica-se a Síndrome da Dor Pélvica Crônica Urológica (SDPCU), subdividida em Síndrome da Dor Prostática/Síndrome da Dor Pélvica Crônica e Síndrome da Dor Vesical (SDV) (Clemens et al., 2014). A SDPC caracteriza-se pela presença de dor na região da próstata, na ausência de outras patologias do trato urinário inferior, por mais de seis meses, e a dor frequentemente é reportada no períneo, reto, pênis, testículo e abdômen, associada a sintomas do trato urinário inferior, com impacto social, psicológico e na sexualidade (EAU, 2016). A SDV caracteriza-se pela presença de sintomas miccionais, como aumento da frequência urinária, urgência, hesitância, sensação de resíduo pós-miccional, noctúria e disúria, na ausência de patologias do trato urinário inferior, associados ou não a sintomas de dor pélvica, dor perineal e dor lombar. Como a SDPU é multifatorial, existe a necessidade de tratamentos interdisciplinares que incluem profissionais médicos, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, entre outros. Em relação a atuação da fisioterapia, a avaliação fisioterapêutica é realizada através de uma anamnese completa, avaliação dos