Fisioterapia na Dor Pélvica Crônica Masculina

1 de agosto de 2020

A Síndrome da Dor Pélvica Crônica (SDPC) é uma condição de dor que, no homem, pode causar consequências no sistema urológico, gastrointestinal, musculoesquelético, com impacto negativo na qualidade de vida geral e na atividade sexual. No sistema urológico, classifica-se a Síndrome da Dor Pélvica Crônica Urológica (SDPCU), subdividida em Síndrome da Dor Prostática/Síndrome da Dor Pélvica Crônica e Síndrome da Dor Vesical (SDV) (Clemens et al., 2014).

A SDPC caracteriza-se pela presença de dor na região da próstata, na ausência de outras patologias do trato urinário inferior, por mais de seis meses, e a dor frequentemente é reportada no períneo, reto, pênis, testículo e abdômen, associada a sintomas do trato urinário inferior, com impacto social, psicológico e na sexualidade (EAU, 2016).

A SDV caracteriza-se pela presença de sintomas miccionais, como aumento da frequência urinária, urgência, hesitância, sensação de resíduo pós-miccional, noctúria e disúria, na ausência de patologias do trato urinário inferior, associados ou não a sintomas de dor pélvica, dor perineal e dor lombar.

Como a SDPU é multifatorial, existe a necessidade de tratamentos interdisciplinares que incluem profissionais médicos, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, entre outros.

Em relação a atuação da fisioterapia, a avaliação fisioterapêutica é realizada através de uma anamnese completa, avaliação dos sintomas pélvicos, avaliação física e funcional, com a identificação de pontos-gatilhos miofasciais e avaliação postural, com o objetivo de traçar um tratamento individualizado e efetivo (Fall et al., 2010).

Segundo a European Association of urology, a fisioterapia é recomendada para os pacientes com SDPCU, pois trata-se de um tratamento conservador, não invasivo, sem efeitos colaterais, facilitando a aderência pelo paciente (EUA, 2016).

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Referências

Clemens JQ, Mullins C, Kusek JW, et al. The MAPP research network: a novel study of urologic chronic pelvic pain syndromes. BMC Urol. 2014;14:57. doi:10.1186/1471-2490-14-57

European Association of urology (EUA) 2016. https://uroweb.org/wp-content/uploads/EAU-Extended-Guidelines-2016-Edn.pdf

Cornel EB, van Haarst EP, Schaarserg RW, et al. The effect of biofeedback physical therapy in men with chronic pelvic pain syndrome type III. Eur Urol. 2005;47(5):607-11.

 

Fitzgerald MP, Anderson RU, Potts J, et al. Randomized multicenter feasibility trial of myofascial physical therapy for the treatment of urological chronic pelvic pain syndromes. J Urol. 2013;189(1 Suppl):S75-85.

 

Texto produzido por:

Mariane Castiglione – Fisioterapeuta – Membro Do Científico da Associação Brasileira Pela Continência BC Stuart / FMABC

Claudia Hacad – Fisioterapeuta – HC/FMUSP

            

 

Postado em Homem, Mulher, Notícias por Ana Claudia Crotti | Tags: , , ,