A relação entre a incontinência urinária (IU) e a mobilidade funcional vem sendo investigada. Há evidências de que mulheres idosas com IU apresentam maior declínio de sua mobilidade funcional (marcha e equilíbrio) quando comparadas às mulheres continentes e que tais funções se tornam ainda mais comprometidas naquelas mulheres com IU severa (Fritel et al., 2015). O comprometimento do equilíbrio postural (EP) leva a um maior risco de quedas, e a prevalência de quedas em indivíduos idosos com IU é maior quando comparada aos indivíduos sem IU (Luo et al., 2015). Em um estudo com 6.051 indivíduos com 75 anos ou mais observou-se que 810 deles (13%) relataram IU e quedas durante o ano anterior ao estudo (Wenger et al., 2010). A literatura relata que mulheres com incontinência urinária de esforço apresentam um maior deslocamento do centro de gravidade, comparadas às mulheres continentes, sugerindo-se que o EP pode estar prejudicado, aumentando o risco de quedas (Smith et al., 2008). Observa-se que mulheres com IU moderada apresentam déficit no controle postural quando comparadas às mulheres continentes e que os programas de exercícios de estabilidade postural devem ser incluídos nos programas de tratamento para mulheres com IU (Chmielewska et al., 2017). Tanto as quedas como a IU são fatores de limitação física e de impacto na qualidade de vida, pois exercem múltiplos efeitos sobre as
15 de setembro de 2020
Postado em Homem, Mulher, Notícias por Ana Claudia Crotti | Tags: equilíbrio, incontinencia urinaria, perder urina, postura