A incontinência urinária na atleta acomete esportistas que praticam exercício de alto impacto e alta intensidade. Praticantes de trampolim acrobático (cama elástica), basquete e vôlei tem um risco aumentado de incontinência (pode passar de 50%). Já nas corredoras e nas praticantes de CrossFit, a perda sem querer de urina ocorre em quase 30%.
Algumas considerações são importantes na incontinência urinária atlética. Esse sintoma só ocorre durante o esporte (essas mulheres não perdem urina no dia a dia), normalmente são mulheres jovens e que não tiveram partos, e existe um componente alimentar envolvido. Ou seja, fazer dietas muito restritivas, que não tenham a quantidade de energia ideal para o esporte que pratica, pode aumentar o risco de incontinência atlética.
O tratamento consiste na fisioterapia pélvica associada ou não aos pessários vaginais. Os pessários, são dispositivos de silicone, colocados na vagina e que seguram a bexiga durante o exercício físico.
A maioria dos exercícios físicos não causam nenhum problema ao assoalho pélvico feminino.
Por isso, o exercício físico regular deve ser encorajado para a prevenção das principais doenças crônicas não transmissíveis e melhora da Qualidade de Vida.
Bons treinos!
Texto produzido pela Profa. Dra. Maita Poli de Araujo
Professora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde aplicada ao Esporte e à atividade Física da Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP)
Chefe do Setor de Ginecologia do Esporte da EPM-UNIFESP
Diretora da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE)
Ginecologista do Instituto do Atleta (INA Mulher)
Convidada pela ABPC BC Stuart
Campanha de Conscientização #PerderUrinaNãoÉNormal 2021
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