Incontinência Urinária na Mulher Atleta

20 de março de 2021

 

A incontinência urinária na atleta acomete esportistas que praticam exercício de alto impacto e alta intensidade. Praticantes de trampolim acrobático (cama elástica), basquete e vôlei tem um risco aumentado de incontinência (pode passar de 50%). Já nas corredoras e nas praticantes de CrossFit, a perda sem querer de urina ocorre em quase 30%.

Algumas considerações são importantes na incontinência urinária atlética. Esse sintoma só ocorre durante o esporte (essas mulheres não perdem urina no dia a dia), normalmente são mulheres jovens e que não tiveram partos, e existe um componente alimentar envolvido. Ou seja, fazer dietas muito restritivas, que não tenham a quantidade de energia ideal para o esporte que pratica, pode aumentar o risco de incontinência atlética.

O tratamento consiste na fisioterapia pélvica associada ou não aos pessários vaginais. Os pessários, são dispositivos de silicone, colocados na vagina e que seguram a bexiga durante o exercício físico.

A maioria dos exercícios físicos não causam nenhum problema ao assoalho pélvico feminino.

Por isso, o exercício físico regular deve ser encorajado para a prevenção das principais doenças crônicas não transmissíveis e melhora da Qualidade de Vida.

Bons treinos!

 

Texto produzido pela Profa. Dra. Maita Poli de Araujo

Professora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde aplicada ao Esporte e à atividade Física da Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP)

Chefe do Setor de Ginecologia do Esporte da EPM-UNIFESP

Diretora da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE)

Ginecologista do Instituto do Atleta (INA Mulher)

 

Convidada pela ABPC BC Stuart

Campanha de Conscientização #PerderUrinaNãoÉNormal 2021

Apoio #Astellas