A data de 14 de março é celebrado o Dia Mundial da Incontinência Urinária, condição que afeta mais de 10 milhões de brasileiros, e está entre as patologias do trato urinário mais comuns no Brasil. Ao contrário do que muitos pensam a incontinência urinária afeta pessoas de todas as idades, sexo e etnias.
A incontinência urinária (IU) se caracteriza por qualquer perda involuntária de urina, uma situação relativamente comum, podendo afetar até 60% de mulheres, se analisamos uma população mais idosa. Vale dizer, que nesta população mais velha, a IU também é muito comum em homens, geralmente associada com problemas da próstata.
É uma condição com baixíssima taxa de mortalidade, mas que está associada com enorme perda de qualidade de vida como resultado das alterações físicas, emocionais e sexuais que proporciona.
Existem tipos diferentes de IU: incontinência urinária de esforço, de urgência, mista, fístulas e transbordamento. Cada uma delas está associada com fatores de risco diferentes como gravidez e parto, menopausa, idade, cirurgias e doenças neurológicas. O tipo mais comum é a incontinência urinária de esforço, cujas causas são, principalmente, o parto vaginal e idade.
É, portanto, intuitivo, pensarmos que, para uma condição que se apresenta em diversas formas e que tem fatores desencadeantes diferentes, existam algumas alternativas de tratamento. Dessa forma, IU pode ser tratada clinicamente, através de mudança de hábitos, perda de peso, medicamentos e fisioterapia, ou cirurgicamente, podendo variar a técnica.
Por fim, é importante enfatizar alguns pontos: perder urina não é normal; há diferentes tipos de IU; para cada tipo existe um tipo de tratamento adequada. Nesta linha, enfatizamos a necessidade de encaminhar as pessoas que sofrem deste tipo de condição para centros especializados, capazes de diagnosticar e tratar essa comorbidade adequadamente.
Durante o mês de março a Associação Brasileira pela Continência B. C. Stuart, com o apoio da empresa Astellas Farma do Brasil irá publicar diversas matérias abordando o tema para que a população leiga possa se conscientizar que #PerderUrinaNãoÉNormal e que tem tratamento.
Texto produzido pela Dra. Márcia Dias
Uroginecologista
Membro do Comitê Científico da ABPC BC Stuart
Campanha de Conscientização #PerderUrinaNãoÉNormal 2021
Apoio #Astellas